Sou uma observadora nata das pessoas, dos lugares, das coisas do cotidiano... Sorrio, choro, me emociono, me deixo levar pelo mar de sentimentos que a vida tem a oferecer... Às vezes chata, às vezes insuportável, mas, às vezes, uma flor de pessoa, amável e delicada. Sou uma constante inconstante.. Sempre mais do mesmo, mas o mesmo diferente a cada dia... Quando tudo parece perdido, despedaço-me e renovo-me como a natureza para sentir-me novamente forte... Sou menina moleca, mãe dedicada, mulher serena, rebelde sem causa, despida de preconceitos e pré-noções... Sou um misto de várias coisas por aí que fazem de mim, simplesmente, Aline.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Reflexões com livros


Consiste em pegar 10 livros e abri-los todos na mesma página (qual página você quiser) e extrair uma reflexão deles. Escolhi a página 73.

As reflexões dos livros que escolhi foram essas:

FAHRENHEIT 451 (Ray Bradbury):
“Deve haver algumas coisas nos livros, coisas que não podemos imaginar, para levar uma mulher a ficar numa casa em chamas; tem de haver alguma coisa. Ninguém se mata assim a troco de nada.” 

DOM CASMURRO (Machado de Assis):
“’Prima Glória, eu penso que, se ele gosta de ser padre, pode ir; mas, se não gosta, o melhor é ficar'. É o que eu diria e direi se ela me consultar algum dia. Agora, ir falar-lhe sem ser chamada, não faço.” 

O ETERNO MARIDO (Fiodor Dostoievski): 
“Nela se resume toda a minha vida e o meu único objetivo. Que me importam todas as bofetadas e todos os regressos ao passado?... Para que serviu minha vida até agora? Desordem e pesares... Mas, então, tudo mudou: é outra coisa!” 

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Aldous Huxley): 
“- No fim – disse Mustafá Mond – os Administradores compreenderam a ineficácia da violência. Os métodos mais lentos, porém infinitamente mais seguros, da ectogênese, do condicionamento neopavloviano e da hipnopedia...” 

O PLANETA DOS MACACOS (Pierre Boulle): 
“Eu sentia vergonha da obtusidade daqueles homens. Quanto a mim, convém dizer, encontrara instantaneamente a solução do problema”. 

CEM ANOS DE SOLIDÃO (Gabriel Garcia Marquez):  
“Colocava punhados de terra nos bolsos, que depois comia escondida, de grão em grão, com um confuso sentimento de felicidade e de raiva, enquanto adestrava suas amigas nos pontos mais difíceis e conversava sobre homens que não mereciam o sacrifício de, por causa deles, comer a cal das paredes”. 

MENINO DE ENGENHO (José Lins do Rego): 
“E sonho de menino é maior que de gente grande, porque fica mais próximo da realidade”.  

OS IRMÃOS KARAMAZOV (Fiodor Dostoievski): 
“Mais de uma vez, sonhei ardentemente em servir a humanidade, e talvez até subisse ao calvário por meus semelhantes, se fosse preciso, enquanto não consigo viver com ninguém por dois dias no mesmo quarto – sei por experiência. Quando vejo alguém perto de mim, sua personalidade oprime meu amor-próprio e incomoda a minha liberdade”.  

O MÁGICO DE OZ (L. Frank Baum): 
“Uma ideia de primeira – disse o Leão. – Até parece que você tem miolos na cabeça, em vez de palha.”

O PEQUENO PRÍNCIPE (Antoine de Saint-Exupéry):  
“- Só as crianças sabem o que procuram – disse o principezinho. – Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando ela lhes é tomada...
- Elas são felizes... – disse o manobreiro.”


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Terra Brasil

Palavra do dia: terra

Terra Brasil,  tu que és tão bela e altiva 
A todos com tua soberania cativas.

Com tua tão rica e exuberante fauna e flora, 
De emoção e orgulho o coração da tua gente transborda.

Teu glorioso território, blindado magicamente pelo universo, 
Livrou-se dos terremotos, vulcões e outros males perversos.

Controverso, me parece, 
É a dor da tua gente, 
Que complacente, 
Com a injustiça padece. 

Terra Brasil,
Tu, que deverias ser mãe gentil, 
Sangra a alma da tua gente 
Portando-se de modo desonroso e pueril.

Nesta terra de riquezas e abundâncias, 
Por felicidade e equidade 
Tua gente clama. 
Mas só há gana. 
A todos o teu governo inescrupuloso engana. 
E ludibriando teu povo 
Difama, 
Trama, 
Infama. 

E o orgulho de outrora, 
Na lama se encontra agora.

Aline Teodosio. 



sábado, 4 de fevereiro de 2017

Quisera eu saber escrever


Quisera eu ter o dom Machadiano ou Dostoievskiano da escrita para poder externar todo o amargor pestilento absorvido pelo convívio em uma sociedade doente. 
Quisera eu aliviar-me em palavras e esquecer por um momento o quão apodrecidos estão alguns corações, que perecem entorpecidos pelo ódio e pela falta de respeito ao próximo. 
Quisera eu abster-me das angústias que consumo dessa sociedade corrupta e inescrupulosa, guiada como rebanho cego, que só aponta erros e não olha para si própria. 
Quisera eu, num momento de libertação, transcrever para um papel toda a aflição que me inflama o ser e grita por paz e menos julgamentos vazios.
Quisera eu escrever sem ser vista com estranheza, mas como um ser que tem uma alma ardente de desejo de equidade e justiça. 
Quisera eu escrever e fazer com que o outro sinta toda a súplica de uma alma que clama fervorosamente por dias mais amenos.

(Aline Teodosio)

sábado, 26 de novembro de 2016

Esperança na desesperança...

Olhava o céu em busca de respostas e
Só conseguia enxergar as mazelas do mundo...
Tristeza, mesquinharia, inveja, maldade,
Sentia o mundo doente e adoecia junto com toda intensidade.
Era como uma peste contagiosa que se alastrava por toda a humanidade.
Olhava todos os dias para o céu para entender o porquê dessa crueldade.
As estrelas nada respondiam.
Não tinha mais esperanças
Tudo era melindres em suas andanças...
Mas quem sabe um dia uma mágica desconhecida lhe sorriria.
E abduzida uma nova vida iniciaria.
Precisava continuar a olhar para o céu...
(Aline Teodosio)

terça-feira, 26 de julho de 2016

O que eu fiz?

Tá tudo errado! Maus passos, más consequências. É a lei, a eterna lei do retorno, não dá pra voltar atrás. O curso das águas se desviou há tempos por caminhos obscuros e de difícil acesso. Quem mandou ir por lá? As aventuras nem sempre tornam-se valorosas. É a lei, a eterna lei do retorno. Tristeza e sensação de fracasso, apesar das muitas vitórias conquistadas, apenas o negro permanece... Sensação de fracasso, de cansaço, de falta de perspectivas. Eu não quero me enterrar nessa tumba fétida, mas ao mesmo tempo não quero sair e ver o sol raiar, porque a lei, a lei é mais forte que eu. Só percebo os meus erros e só tenho vontade de me isolar das pessoas, do mundo, do universo. Deixa-me aqui, ouvindo meus velhos discos, absorta em meus pensamentos... uma hora essa nuvem negra que acompanha o curso que as águas tomou se dissipa e o caminho volta a florescer... Quem sabe...

(Aline Teodosio)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Apareça!

Que maravilha! Mundo fervilha de tecnologia, de informações, de novidades, de opiniões. As pessoas, no entanto, estão cada vez mais vazias.
Todo dia turbilhões de entretimento nos são empurrados. A felicidade suprema nos escraviza e nem percebemos. Ganha mais quem postar mais fotos da viagem inesquecível, do passeio espetacular, da comida mais gostosa, do look mais versátil. Ganha mais quem for mais feliz.
Mas o que é ser feliz num mundo de aparências? Onde foram parar os alimentos da alma? As belas ações, aquelas dos bastidores que não são fotografadas, me parece perder um pouco a valia para esses olhos que não conseguem enxergar além do superficial. Você vale o tanto que aparece, e se você não aparece o mundo moderno te aprisiona com suas garras animalescas, te enterra em um calabouço de escuridão no qual você será fatalmente abandonado e esquecido. Portanto, apareça, meu amigo, ou você não valerá nada. Suas ações supérfluas valem muito no mundo das vitrines. Apareça e faça-se presente. Você não precisa ser profundo, a profundidade é deveras perigosa para quem ainda não aprendeu a nadar. Apenas vista-se com a sua melhor indumentária, mune-se com seu melhor sorriso, alinhe-se para que sorvam seu melhor ângulo de enquadramento na foto e apareça.
Se a alma se esvazia isso não tem a menor importância. Lembre-se: A felicidade suprema é o que vale. Apareça.

(Aline Teodosio)


domingo, 1 de maio de 2016

Das relações com os livros

Dia desses estava eu divagando por alguns grupos de leitores do Facebook e me deparei com uma postagem na qual a garota dizia que ficava doente quando via alguém grifando ou escrevendo em um livro. Fiquei me perguntando: qual o problema nisso? A maioria das pessoas na postagem, no entanto, concordou com ela, achando um verdadeiro absurdo (quase um crime) fazer isso com um livro. 
Em minha opinião, leitura é vida, e se leitura é vida o livro é o seu corpo. Não é um Deus intocável, mas algo palpável, que deve ser manuseado e apreciado. Amo ler, mas não sou desse tipo de leitora paranoica que trata o livro como a joia rara perdida do Faraó. Livro é sim um tesouro, que deve ser cuidado, mas também deve ser tratado como algo acessível, disponível, que você possa partilhar com as pessoas sem que as pessoas fiquem com medo de despedaça-lo. 
Vejo nesses grupos muitas pessoas postando pilhas e pilhas de livros comprados, exibindo-os como verdadeiros troféus para aumentar seus status de “leitores compulsivos”, e na verdade, muitos, não leem nem a metade dos que adquiriram. Pra mim, uma estante cheia não quer dizer nada. Você pode ter uma biblioteca abarrotada, mas se seus livros estão lá apenas para enfeite, lindos e bem cuidados, sinto dizer, você apenas jogou dinheiro fora, pois não adianta nada expor lindas coleções na sala para ostentar um grau de intelectualidade que não existe.
Fora esse lance das pessoas que “fingem” ser leitoras, tem as que realmente são leitoras, mas tem uma relação quase psicótica com seus livros. Tipo, não pode grifar, não pode escrever, não pode usar a orelha, não pode abrir demais, não pode folhear depressa, não pode emprestar... Ufa! Não sei como pode ler. Para elas o livro é o verdadeiro anel de Sauron. Para mim, livro é para ser usado descaradamente, pegado, folheado, cheirado, grifado (sim, GRIFADO!), porque o livro conta uma história, mas também faz parte da história de quem leu. E se aquele determinado trecho mudou o meu modo de pensar e de agir de alguma maneira? E se eu quiser deixar aquele trecho visível para que sempre que eu abrir o livro eu possa localizá-lo facilmente? Sim, eu posso marcá-lo e não há nada de medonho nisso. Acho muito legal pegar um livro e ver um grifo feito outrora. Mostra que ali contém algo que foi significativo para alguém, que trouxe algum benefício emocional naquele momento para aquela pessoa. 
Livros nos contam histórias e também se agregam às nossas histórias. Por isso, acho muito válido quando se eternizam com um grifo ou uma pequena observação escrita. Para mim, naquele momento o livro deixa de ser um objeto frio e passa a ter uma alma. A alma de alguém que ele conseguiu tocar.
É isso!
..Aline Teodosio..

sábado, 21 de novembro de 2015

Divagações...

Por vezes mostrava calmaria, mas por dentro era tempestade pura...
Ninguém sabia de suas ânsias, de seus delírios e de seus desejos mais secretos. Era mistério profundo, desses que só se explica por meio dos mitos mais fantasiosos... Solitariamente, mergulhava a fundo nas emoções, nos sonhos... Ahhh, quimera! Voava alto na imaginação sem ter hora pra voltar... Talvez nem quisesse voltar... Era ela... Indefinível, indecifrável... Vagando em seus sutis devaneios...
(Aline Teodosio).

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Vida efêmera...

De repente as cortinas do grande espetáculo da vida se abrem... No início são alegrias e leveza da doce infância... Porém, não demora muito para grandes nuvens densas pairar sobre a sua cabeça. Perturbações começam a persegui-lo, sai em busca de prazeres efêmeros e é conduzido a um universo paralelo nada encantador. Dores, lamentações assolam a sua alma... Procura ajuda, procura socorro... nada o conforta... As feridas abertas não fecham e já não vê mais saída... Solidão, refúgio... finalmente e prematuramente as cortinas se fecham.
(Aline Teodosio)..

Vá em paz, primo... 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Do viver..


Gostava de lembrar-se das histórias vividas. Ria sozinha das loucuras já cometidas, que por vezes nem ela mesma acreditava, porém, não se arrependia. Carregava consigo as dores e as delícias do ousar e tinha a certeza de que se pudesse voltar e refazer as coisas faria tudo de novo. Pois viver é permitir-se.
(Aline Teodosio).

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